
As sacolas plásticas são derivadas do petróleo e do gás natural e, entre os principais plásticos, destacam-se: o polietileno, utilizado na produção de frascos e sacos plásticos; o polipropileno, em frascos e tampas; PET em garrafas de refrigerante; PVC em tubos e forros; e poliestireno em copos plásticos e isopor.
Segundo uma reportagem do Brasil Econômico, calcula-se que cerca de 14 bilhões delas circularam em 2010 por todo o país e dados do MMA (Ministério do Meio Ambiente) mostram que cada família brasileira descarta cerca de 40 kg de plástico por ano e 1,5 milhão de sacolas são descartadas a cada hora, resultando em 36 milhões em apenas um dia. Alarmante, não? Por outro lado, esse valor já chegou a 17,9 bilhões no ano de 2007 e deve diminuir ainda mais até 2015, podendo atingir a casa dos 10 milhões.
Segundo especialistas, as sacolas demoram 400 anos para se degradar na natureza. Conforme Samyra Crespo, secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do MMA, o principal problema é o descarte incorreto destas e o não encaminhamento para a reciclagem, contribuindo assim para a impermeabilização do solo e o entupimento dos bueiros, que podem ocasionar enchentes.
Por ter uma grande importância no mundo moderno, existem várias pesquisas com o intuito de produzir o plástico a partir de fontes renováveis, como cana-de-açúcar, amido de mandioca, da soja e da celulose vegetal, ou através de bactérias que possuem a capacidade de sintetizar e acumular reservas de carbono, originando o bioplástico. Quanto à redução da utilização, segundo Miguel Bahiense, diretor da Plastivida Instituto Socio Ambiental dos Plásticos, é necessário que haja a educação dos empacotadores e a compra de sacolas fabricadas dentro das normas pelos supermercados e, infelizmente, não aparece um substituto que seja economicamente viável.
No ano passado, o governo federal lançou o programa “Saco é um saco” com o intuito de alertar a população sobre a necessidade de reduzir o consumo de sacolas plásticas e ela acredita no poder de decisão do consumidor e sua capacidade de transformar hábitos e atitudes. No site do programa, há mais dicas sobre como reduzir a utilização e os danos que ela pode ocasionar ao amiente.
Eaí, você não vai ficar de fora dessa, vai? :)